terça-feira, 19 de dezembro de 2006

"My Hero"

Quis sentir a liberdade no seu corpo, o vento na sua cara e o doce sabor de um beijo nos seus lábios aquando passeava na rua. Imaginou-se envolvida em braços que a aqueciam e confortada pelo carinho trespassado. Quis confundir-se, espalhar-se, desaparecer, como o fumo proveniente do cigarro que acendera enquanto caminhava pela calçada portuguesa. Quis ser criança, brincar com as pombas que divertidamente andulavam pela praça, andar pela calçada sem tocar nos paralelos pretos, saltitando, rir até não poder mais, arrancar flores dos canteiros com o olhar de desafio e cheirá-las. Quis sentir a liberdade no seu corpo. Quis ter os gestos certos para o tempo que a abalava e é assim que surge Um simples gesto de mão...Um adeus, na sua aparência tão simples, no seu íntimo ocultando algo cuja complexidade ultrapassa a própria Razão. O acenar da mão, um olhar vazio, um novo desafio, uma nova reviravolta na vida do viajante. A dor de ver partir velhos amigos. A dor de sabermos ter cometido erros gravíssimos para com os mesmos. Ter-nos-ão realmente perdoado? Dói tanto, vê-los partir com o nosso retrato, cuja perfeição a poeira e a sujidade do caminho mancharam.
O comboio da Vida não pára nunca. A dor de ver partir grandes amigos, de deixar inacabado algo que nos completa, apenas porque o comboio nos destinou caminhos e paisagens diferentes. A dor de ver partir o amor, que seduzido por novas paragens e estações, nos deixará combatendo a solidão na nossa carruagem, agora fria e escura, uma serenata a uma ilusão quebrada. O alívio de ver partir os inimigos, que de tudo fizeram para nos estragar o prazer da Viagem. Um gesto tão simples diz tudo isto. Um gesto tão simples e no entanto, tão complexo. E quando o comboio parte na sua derradeira Viagem, acenamos, acenamos, gesticulamos, mas sabemos que tal nunca será suficiente para libertar os sentimentos, que servirão de combustível na nossa última Viagem.
E nas suas palavras... por entre as suas doces palavras: "à medida que o comboio avança também o ritmo do meu coração agita o meu regresso. Pela falta de palavras fiquei e na necessidade de dizer adeus aos que me são mais, emiti o tal gesto. O agitar da mão na janela mostrava a minha pele flácida e gasta pelo passar do malvado tempo. Não podiam haver as falhas do passado mas sempre lá estiveram relembrando o puro ser da sua razão. Como que em câmara lenta, Vejo todos partir a par do passado. Como que num relâmpago de imagens sucessivas, vejo o cheiro do nojo, o gosto da empatia nula, a frieza do partir e a dor do morrer. Passam rápido pelo meu olhar ausente, pela escuridão do meu fechar de olhos, deixando a noção de todo o império de areia que deixei no caminho para cá. Um ano, nada mais. Dou-me um ano para me ver morrer no leito da cama fria e da ferrugem aterrorizante, no meio do cheiro a mofo e no calor do vazio. É sempre o pânico que nos sufoca com a ausência da dor física. Pelo escorrer do sangue, um lutador perde a sua dignidade e faz crescer sua razão de existir. Pelo sangue que não fiz derramar e pela saudade que não fiz ninguém sentir, parto para um outro lar. Sei que ninguém chora pela minha partida mas ao soar da corrida frenética da despedida, senti o impulso macabro de agitar a minha mão como símbolo da ausência. Não houve um "boa viagem", mas certamente que os que me vêm agora surgir noutro espaço, me desejam algo mais que o acabar da caminhada. Uma mão, nada mais. Um adeus e muito mais por dizer. Acabou-se o amor mútuo. Demos um fim ao nosso amor. Dei a mim mesmo uma nova noção do espaço e do tempo. Vê se tu mesmo não te perdes em teu mundo. Eu perdi-me nas ruas apertadas do meu, no sufoco do ar irrespirável. Perdi-me no seu sossego arrepiante. Por isso parto hoje. Seguido apenas pela minha sombra, passeio rumo ao futuro que me espera. Sair da monotonia, das minhas escassas capacidades, renascer. É tempo de renascer! Deixar um outro mundo com a sua religião, com a fé restante. Sabe bem o soltar do pesadelo interior que nos aplica a gravidade e que nos prende ao chão. Mais que expressões, mais que o tempo, mais que um lar, o meu herói caminha. "Morreste meu amor...". Foi de ti que parti, de um passado onde morreste meu anjo. Amo-te e só tu sabes o quanto. Espero que entendas o meu partir... amar-te e já não saber como. Espero que seja este o meu final feliz. Deixa-me aqui ficar e vai andando...eu apanhar-te-ei como sempre.".
Texto elaborado por: Lídia, Carlos e Dalila

16 comentários:

Anónimo disse...

POR FAVOR LEIAM ISTO!!! tenham paciencia mas leiam...não custa nada. e comentem, não custa nada. e gostem, não custa n...ok

enfim...DO 3º PARAGRAFO PÁ FRENTE É TUDO MEUUUUU AH AH AH AH!!!

boa noite*

PS. adorei a experiencia! ;)

acho que ninguém vai ter paciencia pa chegar ao 3º paragrafo... mas espero que sim pq nós merecemos

Anónimo disse...

naum tenho paciencia pra ler......................................................................................................

LOL

Anónimo disse...

Wow, brutal, quem foram os génios? Teremos sido nós? xD Eu estou feliz com o resultado, temos que começar a colaborar mais vezes, não acham? E lançar livros, e aparecer na tertúlia, no olá portugal, no você na tv, dominar o mundo e etc! *

Anónimo disse...

Parabens, parabens, parabens, parabens..tá exelente o texto;D...
voces os 3 partem tudo:D..

Ta mt mt mt bom mesmo:)

Beijinho para os 3 "escritores" de sucesso;)

Anónimo disse...

venho por este meio convidar o senhor intitulado de "jonas" a ler a merda do texto todo pá. boa noite para todos e um feliz natal para os que vão agora a passar na IC2 no sentido cascais-cu de judas. um bom ano novo para os que têm o nome começado por J. boa noite*

ass: my hero, your hero!

Anónimo disse...

opah! chaga! satisfeito? ja li tudo o texto e achei mt fixe.. mt parabens pra 2 escritoras e um escritor k ta chateado cmg!! voces escrevem mt bem lindamente!! voces merecem!

um beijo pra dalila!

Anónimo disse...

lol :D

não tou chateado com ninguém. quer dizer, estou chateado com um gajo que uma vez, feito de parvo me disse que o pai natal não existia. (isto há com cada parvo...dizer que o pai natal não existe cabe na cabeça de alguém? então quem é que me põe as prendinhas dia 25? é o meu pai queres ber?) lol

fica bem jonas :) (obrigado por teres gostado ;) [ ]

PS: 3 comments meus? porra pá...um autor não devia comentar o seu trabalho...muito menos 3 vezes!

Anónimo disse...

Eu li tudo e gostei : )

Mas é tarde e eu tenho sono e fome por isso nao consigo comentar com nada melhor x )

Parabéns aos escritores *

Lídia disse...

Sim, nós vamos conseguir...nós vamos aparecer no jornal nacional!

Anónimo disse...

Carlos (chaga) o Pai Natal não existe...dscp dizer t assim!*

Patricius disse...

É a primeira vez que tou a comentar neste blog, mas n resisti a fazê-lo depois de lêr o texto, está muita bem escrito, mesmo altamente e fico Orgulhoso por conhecer dois dos escritores e triste por não conhecer a outra ;)

PS: Carlos nao ligues a estes infiéis, o Pai Natal existe mesmo!!!!

Anónimo disse...

Muito bonito...

Parabéns aos autores =)

*palmas*

Anónimo disse...

Fantastico..

Bem.. qualquer coisa saída do Carlos tem aquele poder (:D).. Agora desconhecia os dotes da Dalila e da minha prima ;D
Mas digo-vos uma coisa.. esta Brutal :D

Têm que continuar, a prima tem razao, lançam um livro e qualquer dia ja andam essas carinhas larocas na TV * 8D
Fico a espera do proximo :D

PS:Carlos, estou viciada na música my hero :|

PS2:Querem casar comigo?

Anónimo disse...

Epa no nome nao posso por letras maiusculas..
Ah, e esqueci-me de vos dar os Parabens *
x)

Acho que estou apaixonada 8D

Anónimo disse...

Sim, nós casamos contigo xD

Anónimo disse...

Sinto-me realizada 8D