sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

CLOSER













A proximidade de dois corpos, eterna.
Uma nova vida na sua estaca zero
ao ritmo dos caprichosos passos femininos de
encontro ao cómodo caminhar oposto.
O inocente desviar de olhar,
o sorriso que acidentalmente se solta.
O prazer do estranho.
"Olhos de mongol" - a expressão que traduz
a empatia no acto de conhecer outro alguém,
e quando na troca de palavras é forçosa a
energia no olhar, uma ligação inexplicável.
Nunca um conjunto de palavras assentara tão
confortavelmente no decorrer dos sucessivos segundos,
o olhar que poeticamente não tem definição.
E é como se o amor estivesse no olhar,
no desejo, na posse carnal e infernal.
E de repente, a queda de um corpo,
o acidente doloroso. O explodir no silêncio.
Sem conhecer o mínimo pormenor do teu ser,
temi por ti.
Corri pela tua sobrevivência.
Como que no meio de um ternuroso sonho,
como se já fossemos algo,
amámos o estranho.
Então engoli o respirar sem fôlego.
Viva de novo, sorris.
E pela primeira voz, o soar da tua voz:
"Hello Stranger". Amámos o estranho e soube amar-te


(este poema passa pela tentativa de descrever isto: http://www.youtube.com/watch?v=cDL8juJ5uBc
...mas não consigo)

3 comentários:

Anónimo disse...

perfeito :O

Parabéns a quem escreveu!

Anónimo disse...

Perfeito! Altamente!!!

Anónimo disse...

Não sei se seremos capazes de amar o desconhecido , mas é um excelente ponto de vista . Carlos ? :) está muito bom o texto , está bem defendido , parabens como diz o Guilherme !