
surge como único poder,
liso como o céu em divino transe,
como insónia feita de linha a desfazer.
Sirvo de lar a quem não me venera,
a quem no meu corpo vive o morno dia.
Vivo feito de carne e espera,
perdido de memórias que sentia.
Percorres então a distância
do meu longo triângulo escaleno.
Aquilo que senti sem exuberância,
escrevi-o hoje, num poema pequeno.
Leva um pedaço de
mim para o sonho
que é amar o
homem sujo de o ser.
Leva
tudo o que julgava ser meu.
Leva
e não me tragas de volta.
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Quero-te, porque o paraíso não me chega.
Amo-te porque... era impossível negá-lo.
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(o próximo post será o número 50 de maneira que pedimos aos que regularmente nos visitam, para oferecerem sugestoes e para intervir directamente no post. Muito Obrigado por tudo)
(foto por Graça Loureiro, in Olhares.aeiou.pt)