Somos humanos,
Demasiado humanos.
E tudo o que temos,
Não é suficiente para afastar
O frio que se entranha na casa.
Em toda a nossa casa.
Casa é o tempo que passa,
Armadura de ferro
Que se desfaz
A passos de caranguejo.
E estou tão cansada de ver planos
Sempre a deslizarem em contra mão.
Apetece-me parar a cidade,
Para te segredar, “hoje,
Parto sem ti.”
Não o fiz.
E fiquei ali, de longe
A contemplar o mundo
A perder o seu peso.
Quem me vê,
Pensa que abraço saudades.
Saudade? Saudade é apenas uma porta,
Sempre aberta,
Nas traseiras do mundo.
Soltei as amarras e dei um tiro no escuro.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
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2 comentários:
Muito Bonito, gostei especialmente de :
"E estou tão cansada de ver planos
Sempre a deslizarem em contra mão." :D
é bem...fica bem !
'Demasiado humanos'
Sentido sim.
Já te dei a minha opinião :)*
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