quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

The Lighthouse

Faz de uma folha um barco
De papel e traz-nos de volta.
E eu, um dia mais tarde, encontro-te.

Um dia, hei-de ver virar o mundo à
Volta dos meus olhos castanhos
E encontrar-te aqui.
.Tenho medo de não vir a saber
Porque me amas em segredo,
Ou porque me agarras assim.
.Hei-de ser fogo e nunca ter papéis
Ou rascunhos para me lembrar do teu sorriso.
Ele é tão estranho quanto tu.
Mas eu prometo, amor meu de um qualquer dia,
Há-de nascer a lua em que te peço desculpa
Por não saber quem sou quando no teu templo
Feito de papel em branco por rasgar.
Até lá,
O mundo que me escorra por entre os dedos,
Que eu nunca hei-de dizer que é amor o que me faz
Amar-te.
...
hei-de ser pó até,
a terra húmida cor de barro.
hei-de ser a distância
de um mundo ao outro
e quem te espera num lado errado
dum universo por inventar
.
(foto por: Ricardo Cabrita)

3 comentários:

Anónimo disse...

Muita fixe o texto, a ultima parte esta particularmente fora de série!

Anónimo disse...

volta meia volta, pergunto-me de onde vem toda essa inspiração. fantástico.

Anónimo disse...

... (só para dizer que tenho lido umas coisas por aqui... umas melhores que outras... esta faz parte desse conjunto) *