sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

um

Não sei ter medo de mim
Senão no escuro ou sozinho.
Não sei falar de ti
Sem dizer que te amo ou
Sem inventar mais uma outra qualquer fobia.
O homem é um bicho estranho,
Na sua letra minúscula e nas
Reticências de um amor seu por terminar.
Não sei o que faço perdido nos lugares
Do teu sorriso que me é estranho,
Mas não me ouvia dizer “amor”
Há tempo demais,
E por mais noite que sobre
Quero-te, agora e por um pouco mais.
.
Debaixo desse batom,
Vejo para além do escuro
Que tens vontade de me querer.
É um jogo estúpido,
Mas gosto de te amar
E sair a perder.

3 comentários:

Anónimo disse...

Doce jogo estúpido

Lídia disse...

"É um jogo estúpido,
Mas gosto de te amar
E sair a perder."

Estes 3 versos brilham faiscantemente devido à sua genialidade genialmente genial. Não que o poema não esteja todo ele brilhante, porque está, mas estes 3 versos são como música!

Gostaria de escrever algo mais profundo? Gostaria sim. Mas a imaginação foi agora ao pão, volta mais logo. (Ultimamente passa lá a vida)...

P.S: Grande imagem!

Isabel Campos disse...

« (...) gosto de amar
e sair a perder.»
repito o elogio anterior: de génio!