segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Desabafos/Momentos


21 de Fevereiro de 2007

Linger - Cranberries

A vontade de acordar era pouca, mas perante o dia que se avizinhava levantei-me num pulo. Acordei as crianças e já com saudade preparei-as para mais um grande dia. Um dia de criança, com sorrisos, gargalhadas, correrias, carinho e alegria.

11h10’ – A tão custosa despedida! Mais um abraço, mais um beijo, mais uma lágrima a ser presa para não deslizar sobre minha face. Para quando a próxima visita? Depois do despedaçar de um encontro próximo, meus olhos adormeciam num sonho de Verão. Será no Verão o reencontro? Já sinto aquela saudade!

11h45’ – O tão relaxante Metro vinha a meu encontro e embarquei rumo a um restaurante Tibetano. O país já admirado por mim passou a sê-lo ainda mais e a promessa de uma visita ao país das sensações pairou no ar e voou rumo à aldeia dos sonhos.

14h50’ – A Baixa! A zona mais bela da cidade da luz, a grandiosidade de Marquês de Pombal tão entranhada em mim. Um café n’ A Brasileira ao som de uma guitarra aguda e de uma voz rouca. Um momento de admiração e outro de observação. É incrível como as pessoas passam por tão bela Rua Garret e não admiram sua beleza, não olham o Castelo de S. Jorge lá acima nem a diferença de culturas ali presente.

16h10’ – Uma voz com sabor a Milka de Caramelo fez-se ouvir junto de mim. Tão esperada era ela como o respectivo rosto. A conversa de amigos de quatro anos. Desabafos e um olhar de Saudade. A cumplicidade abraçava-nos e beijava-nos a testa, sinal de respeito. A praça parecia pequena para nós e o rio não era mais que um contador de histórias. Os carros que passavam eram como pedras num país de famintos: passavam despercebidos. Os planos e as declarações ocultas esquivavam-se entre os outros temas de conversa e o tão perfeito passou. A promessa de um próximo encontro permaneceu em mim, esta não voou para a aldeia dos sonhos, porque a espero para breve. Só faltou um abraço. Aquele abraço.

17h55’ – Inter-Cidades rumo Coimbra, com destino à rotina e à saudade. Afinal, Coimbra: Terra da Saudade.

Dia bom, este! Lisboa, cidade da Luz com sabor a Chocolate de Leite com Avelã. Dá gosto trincá-la!



La Noyée – Le Fabuleux Destin d'Amélie

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21 de Fevereiro de 2007



Manhã (não sei ao certo a hora… mas deve ter sido pelas 11) – Recebo a tua mensagem, que me tira da cama… relembrando me que deveria ter ido às compras de manhã… Começa bem !

13h – Perdido num hipermercado… à procura da secção dos conservantes… de blazer vestido a fazer figura de palhaço que já me é habitual. Trocando sms’s contigo só me ia deixando mais nervoso ainda … a hora estava a chegar… e eu para variar estava atrasado, a coisa estava preta para o nosso herói...

15h – Dentro de um Smart Forfour que mais parece uma melancia (Verde por fora , vermelho e docinho por dentro ) … a caminho de casa… a fazer companhia a minha querida e adora Mãe que por mero acaso decidiu fazer tudo no dia em que ia ter contigo… aquando da tua mensagem, estremeci!! Disseste-me que apenas estaríamos juntos uma hora… cada vez mais perto, cada vez a fazer maiores estragos

15h 40 – Saio do carro e começo a correr para casa… carregado com vários sacos de compras nas mãos, chego ao número 52 da famosíssima Rua dos Baldaques, casa do herói desta história, e pondo os congelados no frigorifico, corro para o banho…

15h45 – Banho tomado… « André… » “lia-te” cada vez mais ansiosa… relaxa… estou a caminho !... A minha querida mãe chega a casa e chama me para carregar o que falta das compras… mas pronto.... lá despacho a coisa e desato a correr para o metro da Rua Morais Soares…

15h50 (Destino: Baixa-Chiado) “É só para te dizer que já estou no metro” , senti que devia tranquilizar-te… estava a estragar demais a tarde e tinha que recuperar os danos... mas pela voz pareceste-me bastante calma… ainda bem.. estava quase, minha querida !

16h10 – (Baixa-Chiado) Ao sair do metro, olho para todos os lados… e lá estavas tu, a olhar para « A Brasileira » a mexer no telemóvel… (Linger-Cranberries, estava na minha cabeça.... tinha passado o dia a cantarola-la e aqui estava o porquê, enquadrava-se perfeitamente no que estava a ver, sentir e a imaginar...) ainda que não soubesse quem tu eras percebia-se que estavas a transpirar a ansiedade de quem espera alguém desd’as 14h50 (Peço te perdão pela milionésima vez) Lá ganhei coragem de herói e fui de encontro a ti… e pronto ! O encontro… já esperado há muito, muito tempo…


(das 16h10 às 17h40 o nosso herói passou momentos que são indescritíveis...optou assim por guarda-los somente no seu coração... quem lá esteve sabe como foi bom..)

17h40 - Já te foste, malandra… lá vou eu a passear pela Baixa… aquela que nós consideramos a zona mais bonita da cidade… foi tão bom passear contigo… quero que voltes… e quero perder a vergonha e dar te o tal abraço, e esperar que dá próxima vez eu não estrague o que podia ter durado mais umas 2 horinhas!





Os dois lados de algo já há muito esperado.

7 comentários:

Anónimo disse...

LIsboa, du best! :'D gostei da tua história! :D

beijos pa!

Anónimo disse...

Bonito, excepcional o contraste entre os dois pontos de vista, extraordinária a maneira de ver as coisas e infelizmente não sou letrado o suficiente para expressar com um adjectivo como gostei dos textos :)
Mas gostei

ALC disse...

Não gosto do segundo, está uma PORCARIA!

Anónimo disse...

Gostei bastante :) !



beijinho escritora*

Gui

Anónimo disse...

On September 3rd 1973, at 6:28pm and 32 seconds, a bluebottle fly capable of 14,670 wing beats a minute landed on Rue St Vincent, Montmartre. At the same moment, on a restaurant terrace nearby, the wind magically made two glasses dance unseen on a tablecloth. Meanwhile, in a 5th-floor flat, 28 Avenue Trudaine, Paris 9, returning from his best friend's funeral, Eugène Colère erased his name from his address book. At the same moment, a sperm with one X chromosome, belonging to Raphaël Poulain, made a dash for an egg in his wife Amandine. Nine months later, Amélie Poulain was born.

Anónimo disse...

Gosto tanto de voces os dois ! :D Ainda bem que foi bom , a serio . Este André com os horários é uma coisa doida . ;)

Aiai ! Ó Dalila , que saudade !

Anónimo disse...

o segundo está diferente do primeiro, mas n deixa de tar altamente! é outro ponto de vista e tambem mto engraçado :)