terça-feira, 15 de maio de 2007

Uma Questão de Cor


Olhas por cima do ombro com ar de desdém. Tentas sorrir. É tão podre o teu interior que nem um falso sorriso consegues dar-me. És arbusto na vegetação que se confunde mas incomoda. És verde morto na minha cor e por mais tentar desenterrar-te mais sou engolida por areias movediças.
Deixo-te morrer. Um dia vais deixar de ser indiferente à vida e já foi tarde, já te transformaste em redutos de arbustos mortos. O vento passa por ti e usas as tuas raízes para não te deixares levar. Não dás nada à Terra e não tiras nada de ninguém. Só a mim: a Cor...

Hoje faltou-me Lisboa na sua essência. Faltei eu, também...

3 comentários:

Anónimo disse...

uuuuu, texto mto fixe. Acho que é a primeira vez k t vejo escrever assim mais.. a falar de uma coisa má. está mto fixe :)
"Oh, pa que é que estás a tirar fotografias ao banco!?"
"Não é ao banco, é as cores"
:D

Tangerina disse...

sim ... acho que há defacto quem seja incapaz de se dar... de dar o que quer que seja ...

acho que de facto esta música é perfeita... não?

Jorge Palma, deixa-me rir:

«Deixa-me rir
Essa história não é tua
Falas da festa, do Sol e do prazer
Mas nunca aceitaste o convite
Tens medo de te dar
E não é teu o que queres vender

Deixa-me rir
Tu nunca lambeste uma lágrima
Desconheces os cambiantes do seu sabor
Nunca seguiste a sua pista
Do regaço à nascente
Não me venhas falar de amor

Pois é , pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira

Deixa-me rir
Tu nunca auscultaste esse engenho
De que que falas com tanto apreço
Esse curioso alambique
Onde são destilados
Noite e dia o choro e o riso

Deixa-me rir
Ou então deixa-me entrar em ti
Ser o teu mestre só por um instante
Iluminar o teu refúgio
Aquecer-te essas mãos
Rasgar-te a máscara sufocante

Pois é, pois é
Há quem viva escondido a vida inteira
Domingo sabe de cor
O que vai dizer Segunda-Feira »


Sim ... e deixa-me apenas rir! *

Anónimo disse...

( essa música é perfeita Helena , se é ! )

gosto desse textinho . arbustos mortos , sem cor . tantos que o são (somos)