quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Elephant

Na noite escrava,
a linha ténue do rosto ignóbil
viaja na minha ciência de
preferir amar a madrugada de outras aragens.
E penso partir levando pouco da
viagem que me trouxe longe.
Abrandei no deslassar da memória invicta,
desloquei as dimensões e os espaços,
fiquei pela transacção de espíritos nulos,
dormi o meu melhor sono na
desmaterialização de almas abstractas.
Ainda vejo por vir o sonho,
a arte que não domino a cores.
Fez-se tudo preto e branco e o corpo, o concreto, o propósito
e a ilusão feita de luzes próprias
dançaram num sono só.
E sobreposto na tua presença inventada,
dormi a primeira noite da minha vida.
(quer ser vasto,
o desgastar de tudo
o que é moído pelo
peso do teu choro exagerado.)

1 comentário:

Anónimo disse...

Opá, ta brutal brutal brutal o texto, e "E sobreposto na tua presença inventada,dormi a primeira noite da minha vida." está qualuqer coisa do outro mundo, mto cool!

Ganda Mr.Chaguinhas!!!