domingo, 2 de setembro de 2007

Contos

Chamo-te em silêncios afogados por lençóis de paixão e desejo. Sinto-te. A madeira range à passagem da tua imunda alma, carregada pela tua gasta figura. A tua silhueta estática invade-me o olhar. Aproximas-te. Minha mão encontra-te como pena. Viaja em ti. Com teus doces lábios acaricias-me. Na colisão de dois corpos perdidos pecamos, uma vez mais, sem qualquer réstia de arrependimento. A sincronia é autêntica e, enquanto entrelaçados. Perco-me em labirintos de sonhos e ilusões e provo-te. Tudo o que resta de nós é ponta de caneta gasta depois de findar o conto perfeito.


(a recomeçar...)

4 comentários:

Tangerina disse...

goste ... MESMO ... os nossos lindos projectos! somos e criamos tanto...

Lídia disse...

Adorei este texto, tão...vamos lá, pecaminosamente inocente, mesmo:) Kiss*

Anónimo disse...

Terrivelmente Mavioso...

E a amaldiçoada ilusão acordou o mar revolto das profundezas do meu ser, as ondas voltaram a adorar a lua, apenas para ela voltar a ser mais uma vez substituída pelo sol...

Anónimo disse...

é sempre o que nos resta...